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Ocupantes resistem em deixar área da Prefeitura no Brasil Novo e cobram solução

Famílias que ocuparam um terreno do município insistem em permanecer no local até que a Prefeitura de Coromandel ofereça uma solução que os beneficie. A Administração quer limpar a área para, futuramente, construir no local em parceria com a Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab Minas). Porém, a justificativa não agradou ao grupo que fixou residência nos lotes e até a polícia foi chamada para mediar a situação.

O terreno em disputa está localizado no bairro Brasil Novo. A Prefeitura de Coromandel alega que a área foi invadida e que a limpeza da área é necessária para evitar pragas e, também, para preparar o local para uma visita de um engenheiro da Cohab Minas, que irá avaliar se aquela terra atende às exigências para construção de moradias populares. A ação ocorreu no dia em que a prefeita Dione anunciou uma pesquisa para avaliar a demanda de casas no município.

Nesta semana, a Secretaria de Obras realiza a limpeza dessa área. O maquinário não chegou a derrubar as moradias improvisadas no local, mas as pessoas que ocuparam o terreno afirmaram que tiveram que agir para impedir que isso acontecesse.

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Uma pessoa que se identificou apenas como João lamentou a ação da Prefeitura. O trabalhador rural justificou que não tem condições de pagar aluguel. Ocupar um lote para construir uma residência pequena e improvisada foi, para ele, uma opção mais digna do que ir morar na rua. Transtornado, o homem chegou a afirmar que “só sai morto” do local.

As queixas contra a ação da Prefeitura foram reforçadas pelos moradores Fábio e Keily Flávio, que ocuparam uma área próxima ao local que começou a ser limpo. Eles reclamaram de promessas anteriores de moradia que não foram cumpridas e alegam que não deixarão a área sem uma solução definitiva.

Invasão com benefícios

Os moradores alegaram que, apesar de ocuparem uma área do município irregularmente, eles contribuem de forma positiva para que os terrenos não sejam tomados pelo mato e animais peçonhentos, como cobras e escorpiões, já que não eram utilizados para outro fim pela Prefeitura.

O ajudante de pedreiro Keily ocupa uma área também próxima e se propõe até a pagar pelo terreno, desde que a Prefeitura forneça condições de pagamento adequadas para sua situação financeira.

Disputa Antiga

Ocupantes da mesma região chegaram a ir até a Câmara Municipal de Coromandel pedir apoio aos vereadores, porém, a Prefeitura está determinada e, como garante, amparada pela lei para realizar a desocupação dos terrenos.

Resistência

Durante a limpeza da área, uma mulher chegou a resistir contra a ação e a Polícia Militar foi chamada para conter os ânimos. Ambos os lados foram orientados sobre as medidas judiciais cabíveis para o conflito.

 

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