Minas Gerais completa 16 anos sem peste suína clássica no seu rebanho
Da Agência Minas
Minas Gerais completou neste mês de janeiro 16 anos como área livre de peste suína clássica (PSC) desde que obteve esse reconhecimento pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2001.
Os 16 anos sem registro de focos da doença acontecem num cenário promissor para a suinocultura mineira que, no ano passado, registrou exportações de US$ 39,7 milhões, um crescimento de 46% ante 2015, quando somou vendas externas de US$ 27,2 milhões. Em volume, as vendas para o mercado externo subiram 57,6% passando de 14 mil t em 2015 para 22 mil t em 2016.
Os dados são da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) informando também que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Minas Gerais possui o quarto maior rebanho nacional de suínos, com cerca de 5 milhões de cabeças, o equivalente a 12,5% do plantel brasileiro.
O diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Marcílio de Sousa Magalhães, ressalta a importância das ações de defesa sanitária empreendidas pelo órgão ao longo dos anos como suporte fundamental para o desenvolvimento do setor.
“Estamos caminhando para duas décadas sem registro de PSC no estado, o que indica o acerto das ações empreendidas pelo IMA e, também, a evolução da suinocultura mineira, especialmente em relação à qualidade dos produtos”, ressalta.
Magalhães lembra que Minas Gerais obteve em 2016 outra importante conquista com o reconhecimento de área livre de PSC pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o que abre espaço para a conquista de novos mercados internacionais. Atualmente, Hong Kong é o principal comprador do produto mineiro, com 68,7% das vendas de Minas.
O diretor-geral do IMA pondera, no entanto, que a realidade atual exige uma gestão compartilhada da defesa agropecuária, cuja responsabilidade não é exclusiva somente dos serviços oficiais com o Mapa, os estados e municípios.
“A participação de todos os elos da cadeia produtiva é importante, principalmente quando sabemos que a defesa agropecuária começa nas propriedades rurais”, disse.