Boa produtividade na cultura do feijão é fundamental para retorno financeiro, destaca estudo

Da Agência Minas

Especialistas da Emater-MG afirmam que somente quem investiu no aumento da produtividade das lavouras está conseguindo uma boa remuneração com a cultura do feijão em 2017.  Houve crescimento da área plantada, mas os preços retraíram.

A análise faz parte do Informativo Conjuntural da Emater-MG, disponibilizado mensalmente pela equipe técnica da empresa da assistência técnica de Minas Gerais, em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura. O boletim completo pode ser acessado no site www.emater.mg.gov.br.

Segundo o coordenador técnico da Emater-MG, a safra nacional superou a expectativa, com aumento da área plantada de quase 36%, devido aos bons preços alcançados no ano passado. O produtor plantou mais feijão e o clima contribuiu.

Já os preços do grão não seguiram no mesmo ritmo. Em meados deste mês, a saca de 60 quilos em Minas Gerias estava em torno de R$ 140, menos da metade do valor recebido há um ano, de acordo com os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“Os preços têm chegado a R$ 150 para as mercadorias de melhor qualidade, o que permite um pequeno lucro aos produtores. Lembrando sempre em fazer uma boa média de preços, e não tentar vender pelo preço máximo, o que via de regra leva produtores a perder boas oportunidades de venda”, afirma o coordenador técnico da Emater-MG, Sérgio Brás Regina.

O coordenador da Emater-MG lembra que a cultura do feijão tem o ciclo muito rápido, então o produtor não pode correr riscos.

“É muito importante fazer a análise do solo, o uso da adubação equilibrada, manejo de pragas e doenças, além da utilização de boas sementes.  Tudo é importante, já que o agricultor não tem tempo de corrigir erros. É uma cultura que se profissionalizou muito. Quando o produtor colhe bem, mesmo com preços por volta de R$ 120 ou R$ 130, ele tem retorno”, diz.

Minas Gerais colheu uma safra de 535 mil toneladas de feijão em 2017. Um crescimento de quase 3% em relação a 2016.  O estado ocupa o segundo lugar na produção nacional, atrás apenas do Paraná.

 

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