PCC mandou quadrilha de Patos dar ajuda financeira a estudante vítima de tiroteio
O Primeiro Comando da Capital (PCC) teria ordenado a seus aliados em Patos de Minas que oferecessem um auxílio financeiro à família da menina de 8 anos ferida dentro de uma van escolar durante um tiroteio promovido pela quadrilha na tentativa de executar um traficante rival. O episódio reforça a ligação da facção de origem paulista com o narcotráfico no município.
De acordo com a apuração da Polícia Civil (PC), que resultou na identificação de 26 criminosos e na prisão de oito deles, o PCC exigiu que os traficantes patenses compensassem a família pelo ferimento causado durante o ato fracassado.
A menina de 8 anos foi ferida no rosto dentro no dia 15 de fevereiro quando membros de uma quadrilha local – que é ligada à facção paulista – atiraram indiscriminadamente contra o local onde estaria um dos líderes de um grupo rival. Na ação, outro adolescente de 16 anos também foi alvejado.
“Foi determinado ao chefe de uma dessas organizações locais que prestasse auxílio necessário à família da criança que foi alvejada inocentemente”, afirmou o delegado Everton Evangelista.
A PC não informou se, de fato, houve tempo de o criminoso cumprir a ordem e auxiliar a família. Uma operação realizada nesta quarta e nesta quinta resultou na prisão de oito pessoas que estariam ligados as duas fações que disputam o tráfico e seriam responsáveis pela onda de crimes dos últimos dias, em Patos.
PCC
A organização criminosa que teve origem nos presídios de São Paulo tem ocupado recentemente os noticiários por causa das disputas pelo tráfico de drogas na região norte e nordeste, que resultaram em cenas de selvageria dentro de prisões.
A facção busca o controle do tráfico em posições estratégicas e está ramificada em vários estados do país, graças à política de enfrentamento adotada pelo governo paulista, que distribuiu membros e lideranças do PCC por outros Estados, facilitando a cooptação de novos membros.