Líder do PMDB na Câmara de Coromandel apoia fim da aliança nacional com Dilma

A decisão do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) de abandonar a base do governo Dilma Rousseff (PT) em meio ao turbilhão político e econômico foi considerada correta pelo líder do partido na Câmara Municipal de Coromandel, o vereador Fernando Breno.

Em entrevista exclusiva ao Jornal de Coromandel, o parlamentar teceu críticas à forma como a presidenta tratou o seu partido, a exemplo do que outros membros da legenda, incluindo o vice-presidente, Michel Temer.

“Eu vejo essa questão com muita tranquilidade e tenho certeza que deveria ter acontecido antes. O PMDB, desde o início desse novo mandato da presidenta, tem tentado dar sustentabilidade e participar das decisões do governo, mas infelizmente Dilma centralizou o poder nas mãos do PT e não deu oportunidade do nosso partido ajudar na política econômica, que é o que mais interessa neste momento”, afirmou Breno.

Para o vereador, “é mais do que preciso que o PMDB saia do governo e tente dar de outra forma a estabilidade econômica para o País”.

Com a saída do partido da base, cresce a expectativa de que o Congresso Nacional execute o impeachment de Dilma, entregando a Michel Temer a Presidência da República. Quanto a isso, Breno não vê problemas e considera a saída da presidenta um alívio do qual a Economia precisa. “Com a ascensão do PMDB ao Poder, ou até mesmo com a realização de novas eleições, nos teríamos uma estabilidade econômica”, declara.

Histórico

Marcado por tensões, o relacionamento entre o Governo Federal e o PMDB, principal e maior partido da base, chegou ao fim nesta terça-feira (29). A história entre ambos, contudo, não deve se encerrar tão cedo.

Ministros do governo que são filiados ao PMDB se negam a entregar seus cargos, cumprindo decisão tomada pelo partido. É o caso da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que colocou o cargo à disposição de Dilma, mas afirmou em uma rede social que irá permanecer “no Governo e no PMDB. Ao lado do Brasil no enfrentamento da crise”.

O Jornal de Coromandel tentou contato com a presidente do PMDB da cidade,     Dione Maria Peres, para obter informações sobre o reflexo das mudanças no município, mas não obteve êxito até a publicação desta reportagem.

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