População ignora audiências para discutir diretrizes do Plano de Mobilidade Urbana de Coromandel
A população coromandelense ignorou a última audiência pública na qual poderia opinar sobre o Plano de Mobilidade Urbana, projeto que deve virar lei e alterar significativamente o trânsito de passageiros e motoristas, o transporte coletivo e definir as prioridades de investimento nesses setores pelos próximos anos.
A audiência pública marcada para a noite desta segunda-feira (5), na Casa da Cultura, não atraiu nenhum representante da sociedade, exceto os membros da comissão da Prefeitura que participam da elaboração e a equipe de reportagem do Jornal de Coromandel.
Veja Também: Prefeitura assina convênio com Cemig e baixa taxa de iluminação
A audiência pública contou com a participação da professora Denise Labrea, doutora em mobilidade urbana e que coordena o trabalho da Terra Consultoria na realização do Plano de Mobilidade Urbana de Coromandel. O secretário de Obras, Claudio Amaral, acompanhou a reunião, na qual foram discutidas quais serão as prioridades que os próximos gestores do município deverão adotar nesse setor.
Construção Compartilhada
Denise Labrea destacou que o Plano de Mobilidade é uma “construção compartilhada, onde se divide para todos os direitos e deveres”, sendo necessária, portanto, a participação da população para definir o que é de interesse da comunidade nessa área.
Mesmo sem o interesse das pessoas, a especialistas, juntamente com a Prefeitura e a Terra Consultoria, definiram que o pedestre deverá ter prioridade nas ações de melhoria da mobilidade urbana de Coromandel. “É uma política nacional. O deslocamento tem que ser confortável, que faça com que o pedestre tenha prazer e segurança em seu deslocamento, para evitar o uso do carro”, destacou Denise.
O Começo
O secretário Claudio Amaral lamentou a baixa interação da população, mas destacou que a largada para garantir mais qualidade de vida foi dada. “Estamos finalizando essa etapa de audiências públicas, apesar da pouca participação. Demos o pontapé inicial e esperamos que as próximas gestões deem seguimento ao Plano”.
As diretrizes
Entre outras diretrizes que podem virar Lei em Coromandel, estão a padronização das calçadas e universalização de rampas de acesso para cadeirantes e veículos; mudanças no itinerário de ônibus, com possibilidade de criação de um terminal central para reduzir viagens desnecessárias; criação de parklets; fixação de horários para carga e descarga; e restrição para veículos pesados na região histórica.
O Plano
O Plano de Mobilidade Urbana é um documento que será apresentado à Câmara Municipal para que ganhe status de Lei. Sendo aprovado, deverá ser cumprido por todo e qualquer gestão, com metas e diretrizes a serem cumpridas.
O Plano de Mobilidade Urbana é também uma exigência do governo federal para a liberação de recursos para investimentos nessa área.
O documento prévio, apresentado na noite desta segunda-feira, contem cerca de 260 páginas com o relatório das pesquisas feitas pela Terra Consultoria, um diagnóstico dos problemas e dos pontos fortes e o apontamento das diretrizes.
O Plano deverá ser finalizado até o fim desta quinzena e entregue à Prefeitura.