CIAV – Centro Integrado Intermunicipal de Atendimento a Vitima de Violência atendem mulheres e adolescentes em Coromandel e Abadia dos Dourados.
O Centro Integrado Intermunicipal de Atendimento A Vitima de Violência – CIAV é um projeto de autoria do Prefeito Municipal Fernando Breno em parceria com a Gestora de Inclusão e Esportes, Karina de Oliveira e da psicóloga, Larissa Isaura. O centro busca atender pessoas vitimas de violência em todos os seus âmbitos, tendo como embasamento principal a Lei Maria da Penha.
As psicólogas responsáveis pelos atendimentos são Sara Canedo, de Abadia dos Dourados e Jaqueline Ferreira, de Coromandel.
No começo, houve uma campanha de divulgação para conscientização da população sobre a criação do CIAV e o direito das mulheres, tanto na zona urbana quanto na rural.
Inicialmente eram atendidos apenas 04 pacientes e atualmente são 53 sendo a mais nova com 14 anos de idade. Os atendimentos acontecem nos turnos matutino e vespertino e a busca pode ser feita de forma espontânea ou encaminhadas pela rede do Setor Psicossocial e entidades governamentais como Fórum, Polícia Militar, CREAS, CAPS e Conselho Tutelar.
Segundo a psicóloga Sara Canedo, “atendemos crianças e adolescentes, não sendo apenas mulheres, são pessoas vitimas de violência mas que infelizmente a maioria são do gênero feminino. Geralmente os agressores são os homens que estão em algum tipo de convivência com essas mulheres, como um pai, tio, avô ou companheiro.”
Sobre as diversas formas de violência, ela destaca que “temos mais de 15 tipos de violência, entre as mais comuns são a física, psicológica, patrimonial e moral. Na maioria dos casos, nenhuma vem sozinha, sempre trazendo consigo mais de uma ou três.”
A respeito da zona rural, ela enfatiza que “a maioria dos pacientes acham que a violência é muito comum, sem considerar o ato autoritário, e a dependência financeira é muito grande.”
Para as vitimas que conseguem sair do ciclo de violência, Sara se sente orgulhosa e com a sensação de vitória, pois “o que buscamos é o acolhimento sem julgamento, trabalhar os diversos traumas que vieram com o tempo e que permanecem seguindo. O trabalho é árduo, intimo, minucioso e de muito amor. É uma luta de todas nós, não apenas no âmbito individual. Não devemos julgar e sim acolher da melhor forma.”