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Operação realizada em 21 cidades do Triângulo identifica irregularidades ambientais em empreendimentos

Vinte e um municípios do Triângulo Mineiro receberam, na última semana, a vistoria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). A ação, que ocorreu entre os dias 19 e 24 de agosto, foi realizada após o recebimento de denúncias de crimes ambientais como desmatamento ilegal, cativeiro irregular de animais silvestres, poluição ambiental, falta de licenciamento em empreendimentos e intervenções irregulares em recursos hídricos.

Foram fiscalizados 45 empreendimentos durante a operação, que contou com o apoio do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Polícia Civil e Polícia Militar de Meio Ambiente. A ação foi realizada em Uberlândia, Uberaba, Tupaciguara, Nova Ponte, Indianópolis, Monte Alegre de Minas, Araguari, Conceição das Alagoas, Água Comprida, Veríssimo, Conquista, Comendador Gomes, Frutal, Planura, Campina Verde, Prata, Ipiaçu, Centralina, Cachoeira Dourada, Capinópolis e Canápolis.

Entre as ações, uma vistoria em criatório comercial de animais silvestres constatou que cerca de 50 aves estavam sendo criadas em cativeiro irregular. Neste local, cujo município não foi divulgado, os fiscais também identificaram anilha do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e do Recursos Naturais Renováveis (Ibama) falsificada e uma adulterada.

Já em relação ao desmatamento, os ficais identificaram uma supressão irregular e o desrespeito a embargo de atividades, além da execução de ações que impediam ou dificultavam a regeneração de uma área que totalizou 60 hectares.

Em dois locais de criação de peixes ainda foram constatadas irregularidades nas licenças ambientais.

Também foram vistoriadas atividades agrossilvopastoris – sistema que busca integrar lavouras, com espécies florestais e pastagens e outros espaços para os animais. Um empreendimento foi flagrado funcionando sem licença ambiental; cinco com licenças fracionadas; seis empreendimentos que realizaram intervenções em recursos hídricos sem outorga; cinco que captavam água sem instrumentos de medição da vazão e um foi flagrado realizando queima irregular de resíduos sólidos.

Foram lavrados autos de infração no valor aproximado de R$ 1 milhão. Foram apreendidos uma escavadeira hidráulica, 300 metros cúbicos de lenha nativa; dois arpões; duas armadilhas utilizadas para a captura de animais silvestres de grande porte; e duas armas de fogo, sendo um fuzil 762 e uma espingarda calibre 28. Duas pessoas foram presas em flagrante.

“Esse tipo de operação proporciona ótimos resultados para todas as instituições envolvidas, por meio do somatório de esforços e do compartilhamento de conhecimentos e recursos. No final, ganham o meio ambiente e toda a sociedade”, afirmou o diretor de Estratégia em Fiscalização da Semad e coordenador da Operação, Gustavo Endrigo Fonseca.

De acordo com o cronograma da ação, as informações coletadas durante a operação serão investigadas pela Polícia Civil e por equipes da Semad. O resulto poderá repercutir em novas ações de repressão a crimes ambientais.

Fonte: G1

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