PGR pede prisão de Sarney, Cunha, Renan e Jucá
Da Redação, com agências
A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu a prisão de quatro caciques do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), sigla do presidente-interino Michel Temer, com base na Operação Lavajato. Segundo informações do jornal O Globo e da TV Globo, o ex-presidente José Sarney, o presidente do Senado, Renan Calheiros, o senador e ex-ministro Romero Jucá e o deputado afastado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha podem ser detidos por interferir nas investigações sobre desvio de dinheiro público da Petrobras e outros casos de corrupção.
Os pedidos de prisão contra os quatro peemedebistas teriam sido realizados enviados há alguns dias. O advogado de Sarney e Jucá, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, alega desconhecer a informação. As assessorias do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da República não confirmam os pedidos de prisão.
Os pedidos têm como base gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, nas quais Sarney e Renan demonstrariam interesse em barrar o avanço da Operação Lavajato sobre aliados do PMDB e supostamente sugerem a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) como uma forma de “estancar a sangria”.
O procurador-geral Rodrigo Janot também teria se baseado na delação de Machado, que demonstram que Jucá poderia interferir nas investigações.
No pedido de prisão de Eduardo Cunha, Janot teria afirmado que o afastamento do mandato de deputado não teria freado o ímpeto do ex-presidente da Câmara contra as investigações de corrupção.
O advogado de Sarney e Jucá diz que tem “confiança que o Supremo Tribunal Federal não vai determinar uma medida tão drástica em razão das gravações que foram expostas”. Na segunda-feira (6), Jucá declarou que é alvo de inimigos políticos e que sua situação “não condiz com um ambiente democrático e de direito de defesa”.