Fiscais apreendem 662 kg de queijo impróprio para consumo em Paracatu




* Com informações do IMA

Em apenas dois dias de atuação, a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) em Minas Gerais apreendeu 662 Kg de queijo tipo cru, muçarela e provolone.Os itens estavam desprovidos de selo de inspeção e eram transportados sem refrigeração adequada. Após a apreensão, os produtos foram destruídos no aterro sanitário de Paracatu (MG).

As apreensões foram feitas por equipes do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) durante abordagens realizadas em rodovia federal na área de atuação da FPI. Também participaram da barreira equipes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semad), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

Os infratores não foram multados, sendo orientados sobre como regularizar a fabricação e comercialização de seus produtos.

Segundo a fiscal agropecuária do IMA, Anne Price Farias, “encontramos muitos produtos de origem animal sem identificação, sem selo de inspeção e alguns até estragados, que estavam sendo levados para serem reaproveitados na fabricação de biscoitos numa padaria em Brasília (DF)”.

Anne chama a atenção para “a importância de se retirar do mercado produtos sem origem e até estragados, alguns fabricados com leite cru, numa região do estado que apresenta altos índices de animais positivos para tuberculose, no caso, o gado leiteiro. Sem o atestado de procedência e qualidade do produto, inúmeras doenças podem ser levadas ao consumidor”.

Alta perecibilidade – De acordo com a fiscal agropecuária do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), médica veterinária Patrícia Marina de Azevedo, o leite e seus derivados são produtos de alta perecibilidade e exigem condições específicas de temperatura, como a necessidade de refrigeração. “A manutenção da cadeia do frio e o controle de qualidade são de fundamental importância para assegurar as boas condições de uso dos produtos e, assim, proporcionar segurança e produtos de qualidade ao consumidor”, explica.

A fiscal agropecuária ressalta que a adoção de boas práticas de fabricação é requisito básico para qualquer empreendimento, mas quando se trata da produção de alimentos, os cuidados devem ser redobrados. Essas práticas devem ser garantidas em todas as etapas, desde a produção até o armazenamento. “Temperaturas de estocagem ou exposição dos queijos superiores às indicadas nas embalagens comprometem a qualidade e o prazo de validade”, alerta.

A FPI – Mais de 150 agentes públicos de 15 órgãos públicos federais e estaduais estão em campo de 25 a 29 de junho, para a segunda etapa de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco em Minas Gerais.

Iniciativa de caráter continuado e permanente, a primeira etapa da FPI em Minas foi realizada no ano passado em 18 municípios do norte do estado. Agora, em sua segunda etapa, a Fiscalização Preventiva Integrada abrangerá nove municípios da região noroeste do estado, situados na sub-bacia do rio Paracatu, área que corresponde a 17,64% da bacia do São Francisco em Minas Gerais, segundo dados do Portal dos Comitês do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM).

O rio Paracatu é considerado o maior afluente do Velho Chico, contribuindo com 40% da vazão desse rio no ponto de intersecção entre eles. A sub-bacia do Rio Paracatu, objeto atual da FPI, é intensamente afetada por fatores como o intenso uso das águas para irrigação e por degradação ambiental decorrente de exploração minerária.

Órgãos que integram a FPI:

– Ministério Público Federal (MPF)

– Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG)

– Ministério Público do Trabalho (MPT)

– Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD-MG)

– Instituto Estadual de Florestas (IEF)

– Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-Minas)

– Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)

– Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)

– Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG)

– Polícia Rodoviária Federal (PRF-MG)

– Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)

– Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

– Agência Nacional de Mineração (ANM)

– Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (ARSAE-MG)

– Marinha do Brasil

– Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF)

– Agência Peixe Vivo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *