Gaeco prende delegados e policiais civis da região em operação contra corrupção

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) realiza operação nesta terça-feira (19) na região do Triângulo Mineiro, em Belo Horizonte e em outros dois estados (Paraná e Mato Grosso), com o objetivo de cumprir mais de 200 mandados de prisão preventiva, incluindo a de delegados e agentes da Polícia Civil.

Com o apoio de cinco promotores de Justiça, três auditores da Receita Federal, 650 policiais (militares e rodoviários), 150 viaturas e duas aeronaves, o Gaeco realiza apreensões, buscas e prisões em Araguari, Araxá, Monte Alegre de Minas, Patos de Minas, Patrocínio, Passos, Pouso Alegre, Uberaba e Uberlândia. O Grupo também realiza a operação denominada Fênix em Belo Horizonte, Cascavel (PR) e Cuiabá (MT). Não há informações sobre operações em Coromandel, até o momento.

De acordo com comunicado do MP-MG, dez delegados da Polícia Civil são alvos da operação, sendo que três deles são chefes de departamentos e uma outra é responsável por uma regional. O Gaeco ainda não divulgou nomes dos presos.

De acordo com o site Patos Agora, o  chefe do departamento da Polícia Civil de Patos de Minas, Delegado Elber Barra Cordeiro, não foi localizado pelo Gaeco e é considerado foragido da Justiça.

Além dos delegados, dois escrivães, 45 investigadores e sete advogados estão na mira do Gaeco. Eles são apontados como participantes de um esquema de corrupção e de organização criminosa.

Todos os detidos estão sendo encaminhados para a sede do 17º Batalhão de Polícia Militar (17º BPM), em Uberlândia. O local está interditado e o acesso liberado apenas para advogados e familiares dos presos.

Investigação Longa

A Operação Fênix compreende, de acordo com o MP, outras três operações distintas (Alibabá, Ouroboros e Efésios).

A operação Alibabá é decorrente da operação Zeus, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais em setembro de 2015. As investigações levaram à proposição de duas denúncias, nas quais são  imputadas as práticas dos seguintes crimes: associação para o tráfico de drogas, tráfico ilícito de entorpecentes, associação criminosa, obstrução de justiça, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, fraude processual, corrupção passiva, corrupção ativa.

A operação Ouroboros, por sua vez, corresponde à segunda fase da operação 100 Anos de Perdão. Ela resultou no oferecimento de sete denúncias em que são imputadas as seguintes infrações penais: roubo agravado (emprego de arma, concurso de pessoas e restrição da liberdade das vítimas), organização criminosa, associação para o tráfico de drogas, tráfico ilícito de entorpecentes, falsidade ideológica e porte e comércio ilegais de armas de fogo.

Já a operação Efésios decorre de acordos de colaboração premiada firmados pelo Gaeco de Uberlândia. Ela contempla 19 denúncias em que são imputados os seguintes delitos: organização criminosa, associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico ilícito de entorpecentes, porte e posse ilegal de arma de fogo, falsidade ideológica, estelionato, receptação qualificada, falso testemunho e prevaricação.

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