Eleição em Coromandel tem três candidatos e nove eleitores presos

Apesar de ser considerada uma eleição tranquila, o dia de votação em Coromandel rendeu muito trabalho às polícias Civil e Militar e à Justiça Eleitoral. Neste domingo (2), oito pessoas foram detidas, entre elas três candidatos a vereador, e sete veículos foram apreendidos. No final da noite, a PM ainda teve que lidar com uma confusão envolvendo o prefeito Osmar Martins Borges (veja aqui).

De acordo com o tenente Leonel da Silva Nunes, comandante da 98ª Cia. da PM, não houve incidentes graves como em outras cidades durante o período eleitoral. Os políticos e eleitores que foram detidos estavam sob suspeita de prática de boca de urna, que é considerado crime. Os veículos recolhidos ao pátio se encaixaram na mesma categoria, pois estavam estacionados próximos a locais de votação com adesivos de campanha.

Houve ainda duas prisões por suspeita de compra de votos. Em um veículo, foram encontradas 13 cestas básicas que seriam usadas para beneficiar eleitores. O caso será investigado e, possivelmente encaminhado à Justiça Eleitoral. O nome dos envolvidos, contudo, foi preservado para não atrapalhar o inquérito.

O juiz eleitoral Marco Bartolomeu de Oliveira, que acompanhou durante todo o dia as ações para coibir a prática de crimes durante a eleição, apontou que o maior problema foi a tentativa de convencer o eleitor antes de ele exercer o voto. “Nosso gargalo foi a boca de urna. Muitas pessoas foram conduzidas à Delegacia por essa prática”.

Em relação aos candidatos detidos, o juiz afirmou que “será lavrado um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), eles serão liberados e terão que comparecer à audiência para tratar do assunto”. A punição aos detidos “vai depender de como ficou caracterizado na ocorrência. Se houve uma irregularidade mais grave, o Ministério Público possivelmente entrará com as ações cabíveis”.

O promotor Bruno Marques de Almeida Rossi afirmou que a punição de candidatos e eleitores que praticaram crimes eleitorais também depende da população. “Nós faremos o nosso trabalho, cumpriremos a Lei. O que o Ministério Público espera é o apoio do cidadão”.

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